quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Report de um Juiz do PTQ Kyoto


Olá, bem vindos novamente aqui no Mastigando.

Para aqueles que têm lido: Obrigado pelo interesse. E aos recém chegados sejam muito bem vindos.
Queria começar a falar primeiramente do meu interesse em não ser juiz do GP São Paulo que ocorrera em junho.
Descobri depois de algum tempo que meu interesse em ser juiz tem diminuído bastante e que meu interesse em organizar eventos tem aumentado na mesma proporção. Não me entendam mal, ser juiz é muito bom, pelo menos para mim. Mas, é engraçado como com o passar do tempo quando o desafio vai diminuindo meu interesse pela tal coisa também diminui. Sempre fui assim, e acredito que sempre serei. Aquilo que eu faço tem que me animar se não não me interesso. Quanto ao fato de apitar (detesto esse termo pois não usamos apito, uhg!) eu hoje sinto como se todas as regras já fossem claras para mim. Pilha, camadas, penalidades. A impressão que eu tenho é que basta eu decorar agora essas coisas quando elas mudam eventualmente que me basta com relação as regras. O magic em termos de regra não me dá novos desafios e parece que ficou tudo muito cinza, na mesma tonalidade, tanto faz.
Em compensação, cada evento que eu organizo, cada novo torneio que eu crio parece ser uma novidade, parece ter um desafio maior. E atuando como juiz mor em alguns eventos passados, descobri isso. Eu me entusiasmava muito mais quando o evento fluía tranqüilo do que quando eu ajudava os jogadores a entender uma situação.
Eu acho que organizar eventos é bem melhor. Sei lá se isso não será apenas uma bravata minha e que vou mudar de idéia, mas ser juiz novamente com aquele "tesão", acho que nunca mais.
Óbvio que não vou esquecer regras, que ainda me interesso em ler artigos voltados para juízes e que explicar as regras para quem não sabe ainda é legal. Mas não tem o mesmo sabor de antes.
Na loja eu vou continuar a atuar como juiz, ensinar regras, ajudar onde puder. Mas não me vejo no nacional do ano que vem tentando fazer a prova para level 2. Nada contra, mas me parece que perdi o entusiasmo. Não tem bem uma definição para o que eu sinto, depois de 10 anos fazendo isso. É como se para mim ser organizador seja a versão 2.0 de ser juiz.
E também é por isso que ofereci meus préstimos ao Henrique para ajudar na organização do GP, e com isso toda a máquina por detrás da Domain. Em todos os aspectos vai ser um desafio, ao menos para mim, muito maior. Estou preparando uma série de coisas muito legais para ocorrem no GP e antes dele, e espero que elas sejam tão bem aceitas, quanto todos os outros eventos que participei e criei, o 0,19c, o Ethernal Domain, o Monty Champs e mais alguns que vou lançar até o final da semana que vem.

Falando do PTQ

Bem para dar uma idéia do que ocorreu no PTQ no último domingo resolvi escrever um report, a la player, para mostrar como é a nossa vida durante a diversão/competição de vocês.

Fui informado meio sem querer que seriam menos vagas do que o normal no PTQ, por isso liguei para o Henrique para confirmar minha presença, pois quanto menos jogadores, menos juízes duh!
Bem eu iria trabalhar no domingo. Horário 8:30 lá na Devir. Acordei meio zuado de manhã, e acabei saindo mais tarde do que planejava, e devido ao trânsito (SIM!!! tem trânsito no domingo de manhã para quem vai pegar a 23 de maio, malditas maratonas e 10k que sempre ocorrem de manhã) cheguei meio atrasado. Mas nada horrível. Tava meio vazia a rua de jogadores, o que não ocorre normalmente. Mas com menos vagas, poucos arriscaram acordar cedo e não poder jogar.
Seriam 138 jogadores mesmo e de juízes teríamos o Henrique como Mor, a San como Scorekeeper, o Charlie, o Alma e eu de zebras. Sem camisas de zebras, mas zebras de coração. Ainda bem que levei bermuda e tênis, se não tava perdido, fez um calor tremendo.
Fui para o salão após a distribuição de tarefas pelo Mor para conter as "bestas" desenfreadas que entrariam no salão. A quantidade de vezes que eu tive que chamar a atenção dos jogadores foi astronômica. Nesses eventos ainda mais Limited como os jogadores se conhecem ficam de conversinha e levantam para falar com velho conhecidos e trocar figurinhas (literalmente) e isso meio que complica a organização do evento. E precisávamos ter certeza da quantidade de jogadores a todo momento. Não tinham material para mais do que 138.
Mas depois de controlados e sentados e perceber que TODOS que estavam do lado de fora jogariam fiquei mais tranqüilo, pois assim não teríamos reclamações sobre "poxa não tem material?" "pô não consegui jogar!". Tanto não havia material que nós juízes receberíamos láááá para frente. Pois parte dos nossos boosters seriam usados para premiação de jogadores. Ou seja, viva trabalhar no VASCO!
Mas pelo menos a gente sabe que um dia a gente receberia tal compensação. Só para deixar anotado, os juízes recebem 1 booster por jogador inscrito.


Ou seja 138 jogadores dividido por 4 juizes + 1 Scorekeeper = 26 booster para cada vezes mais ou menos 7 ou 8 reais = 195,00. Bem para 14 horas de trabalho vale a pena.


Sim é isso que recebemos sim... vale a pena? vale. Mas tem que gostar da coisa. O dia inteiro em pé, comendo lanche frio (da chapa ok, mas frio do mesmo jeito) e ter que esperar até a última partida terminar é osso. Mas vale a pena sim.
Bem, a equipe era boa, a gente já havia trabalhado juntos infinitas vezes, e todo mundo estava afiado com as regras. Essa parte é que é boba. raticamente ninguém chamou para nada, apenas algumas confusões de regras, mas poucas. Eu como fiquei praticamente todo o tempo no salão não tive muito trabalho não. As checagens de baralho foram tranqüilas (a gente faz pelo menos um par por rodada aleatoriamente) e tivemos apenas um problemas com um jogador que alterou a estrutura de seu baralho e foi Desqualificado mas isso no final do suiço. Fora isso, foi incrivelmente um SUCESSO!
Eu falo isso quando não há problemas. Com a quantidade reduzida de jogadores, conseqüentemente as rodadas foram muito rápidas, sendo que em três delas terminamos todas etapas antes do tempo de 50 minutos. E isso é algo a ser muito comemorado. O alto nível de jogadores, ao contrário por exemplo de um pré lançamento ajudou bastante. E parecia que todas estavam bem treinados, sabiam o que escolher para montar os baralhos.
Outro fator interessante nessa coleção é o fato de que não há habilidades complicadas. Não a madnessa, não há morph, não há phasing nem upkeep cumulativo. Tudo isso ajuda. Gostei do ambiente. E olha que eu odeio apitar limited. O trabalho é dobrado e a recompensa menor, já que normalmente os eventos contam com menos jogadores. Já que poucos estão dispostos a pagar R$ 60 para jogar.
Para ilustrar a vida que os juízes levam por exemplo, na hora que eu fui comer, meu lanche estava frio. E quando fui comer os dois infelizes tomates que estavam devidamente escondidos dentro do sanduíche, devido ao infinito de maionese que veio, resolveram se rebelar e sair correndo. Um praticamente esquiou pela mesa e foi ao chão enquanto ao outro pulo por cima e veio em um levante contra mim, quase me sujando todo. Fora isso tudo certo, o resto do sanduíche ficou colado. Parece que os tomates ao saírem deixaram um vácuo que colou o desgraçado que eu podia segurar o danado apenas pelo pão que o resto não soltava.
Fora o milk-shake de morango, que resolveu também partir para agressão e se espremeu todo no fundo do copo. Usei toda minha técnica respiratória para poder sugá-lo. Enfim meu almoço estava ruim, mas ainda sim não era MacDonalds, uhu!!! Odeio Mac. Depois do nacional é só pensar no infeliz do cheddar gelado que eu tive que engolir, para começar a passar mal.
Depois de um suíço fantástico, segue na mão do Alma o draft do Top 8. Outra coisa que eu odeio fazer. Da pra perceber que eu odeio muita coisa no limited. Sim odeio o Limited.
Mas minha previsão se mostrou errada. Normalmente os jogos de draft de Fragmentos são muito rápidos. Todo mundo vai para jund ou naya o que torna o jogos curtos, furiosos e sangrentos. Lógico que tinha que ter algum que draftou controle. Um esper do inferno. O que obrigatoriamente levou o Top 8 a jogos demorados e acabamos por sair de lá as 10:30 da noite! Mesmo assim foi ótimo terminar um evento limited no mesmo dia que ele começou.

ISLE WAR

Bem, quem leu deve estar curioso sobre o card que eu mostrei semana passada. Bem, eu fiz uma coleção. E estou armando um evento de pré lançamento dessa coleção para abril ou maio. Tudo isso para dar vazão a minha gana de construtor de sets. Ahuuhahua.
Eu vou colocar um card por semana aqui para ir atiçando a curiosidade dos jogadores. E mais tarde vou revelar os conceitos por detrás da coleção, suas curiosidades e fatos.


Para fazer algumas explicações:


Ilha Hostil - É uma habilidade estática que encontra sua condição quando um oponente controla o item especificado na habilidade. No caso do macacão ai do lado, ele fica revoltado quando seu oponente controlar uma ilha.


Existirão outros tipo de hostis, basicamente todos relacionados a terrenos. Mas essa é uma habilidade que permite uma grande variedade de opções tal qual proteção.


Outro aviso, sim nós teremos macacos, muitos macacos!!!

4 comentários:

Leandro disse...

Fox, você é o cara pra fazer eventos mesmo, por mais malucas que elas sejam, no final sempre acaba sendo um sucesso.

Como jogador de SP, só tenho a agradecer pelo seu interesse em manter o jogo vivo.

Nice report, o PTQ pareceu bem tranquilo mesmo, pelo menos as "bestas" estavam com enjoo de invocação de tanto sono e não causaram tanto. Você falando do Nats desse ano, só tragédia mesmo, quando o pedido do Mc chegou meio dia e as 17hs tinha juiz indo almoçar ainda.

Anônimo disse...

Fala Sr. Raposa!!

Ta bem legal o Blog, pena que só atualiza de quinta (mas se não fosse ja não tinha sentido o nome :P).

Espero que o projeto do Isle war vá pra frente. Será que finalmente poderei jogar um Pré-lançamento???
T___T que emoção.

Abraço!

RoMeRo disse...

ae fox!!
o Isle War parece ser mtu lok!!
mesmo eu tendo uma puta dificuldade pra i na domain, eu vo joga de qlqr jeito!
good luck!

Anônimo disse...

Fox,

Entendo que você tenha perdido um pouco do interesse em apitar depois de 10 anos.

Mas se um dia você também perder o interesse em organizar eventos, tenho certeza que nós, jogadores, estaremos completamente fu....

Gostei da leitura, escreva mais!

- bertu