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E o Magic?
Bem o Magic em si fica um pouquinho de lado dessa vez para dar espaço a uns dos aspectos mais legais do Magic, a amizade, ou pelo menos a parte mais engraçada da amizade, quando ganhamos a liberdade de brincar com nossos amigos e começamos a distribuir apelidos. Sim apelidos. Ou como diziam os sobrinhos do Ataíde “os americanos são muito melhores que nós por que chamam os apelidos de nicknames!!!”
Eu vou começar por mim mesmo, Fox (vulgo “raposa” ou raposão como me chama o vulgo Saab na loja) para assim ter a liberdade de falar sobre os outros. Nada ofensivo, por favor, que quem me conhece sabe que eu não sou assim... huauhauhauh.
Brincadeiras a parte, eu ganhei o meu apelido da forma mais esdrúxula e esquisita possível.
Nos anos 90 eu freqüentava muito o mundo dos árcades, ou fliperama como os chamávamos na época do Collor. O que hoje as LANs representam para os jovens viciados em tecnologia, os flipers significavam para a gente. Jogos e máquinas como Mortal Kombat, Street Fighter 2, Pit Fight, Outrun era o que havia de mais moderno no nosso mundo. Lembrem-se não havia internet, nada de downloads ou DVDs. A vida era basicamente ficar na rua... sim a rua, aquele lugar misterioso que os garotos de hoje em dia não tem mínima idéia de como funciona.
Bem, como todos os outros, o meu ponto de encontro era sempre o fliper. A gente jogava umas fichas (sim que nem as telefônicas de bem antigamente, não havia cartão, nem crédito!) e dali a gente partia para fazer alguma coisa, bagunçar ou ir namorar.
Bem, eu tinha acabado de ver um filme na TV, bem estilão sessão da tarde, logo depois de ter acordado o nome filme em inglês era Firefox. Achei o filme até legalzinho, pois falava sobre um avião super militar secreto infiltrador bla, bla, bla que o Clint Eastwood tinha que roubar dos Russos. Naquela época era assim, o mocinho sempre descia o sarrafo nos russos. E como eu tinha combinado com uma galera de se encontrar no fliper para sair resolvi jogar um pouco e tentar melhorar a minha marca na máquina “Art of Fight”.
O Mahoney/Roger morava no mesmo bairro que eu e foi quem me apresentou o magic e a loja Merlin. Daí para frente era Fox para cá e Fox para lá.
Com o tempo, depois de muito freqüentar o mundo do Magic, eu comecei a notar que os grupos eram mais facilmente formados, entre os jogadores, quando eles usavam apelidos entre sí.
Como em qualquer grupo de homens, tal qual futebol, bar ou clubes, o que basicamente existe em todas as lojas no pais é um grupo de homens que sempre tem seus apelidos para identificação. As vezes eles são apenas apelidos bobos, outras vezes são ofensas que se tornam tão usadas que viram um segundo nome e outros que são apenas os sobrenomes que acabam virando o nome.
A lista que eu conheço é gigante: Jabaiano, Pumba, Rastaf, Alemão, Turco, Baldinho, Pantaneiro, Goiano, Batman, Lorde, Tick, Inglês Fraquinho, Napa, Mahoney, Negão, Alma, Potira, Fanfarrão, Leozera, Leit, Jogi, Boi, Grillo, Chinês, Pelóia, Vip, Uolfire, Mussa, Sushi, Lixo, Pizza, Indie, Bronca, Carioca, Maleta, e etc. São tantos, que sempre vou deixar alguém de lado. Mas a infinidade de nomes e a capacidade com que nomeamos as pessoas são imensas. Mas o mais singular foi perceber depois de tanto tempo que para se integrar em um grupo, em uma loja, os jogadores recém chegados tinham que arrumar um apelido. Era quase como se caso você não tivesse o apelido você não participaria do grupo. Lógico que isso não era norma, não era algo escrito nas estrelas e regras. Mas isso é mais aquela coisa de macho, de ser “definido” pelo bando por algo que fosse único.
Infinitas vezes eu vi algum novato chegar em umas das lojas que trabalhei e ver ele não se integrar ao grupo até que alguém por felicidade ou infelicidade lhe arrumasse um “cabeção” ou um “virgem” ou qualquer nome que a principio fosse ofensivo e depois virasse uma marca registrada.
O caso mais clássico foi o Priscila. Sim “o” Priscila. O nome do sujeito era Tadeu, mas quem se importava, a única coisa que dava para ver no sujeito era o cabelo dele. Era uma franja toda desfiada cobrindo os olhos que parecia cabelo daquele cachorro Shipdog . Ninguém dava nada para ele. Ele freqüentava a Merlin que se instalou na rua Fradique Coutinho e durante semanas ele ia até lá jogar e ficava sempre no canto. Até que por não sei que cargas d’agua alguém o chamou, “oh! Priscila vem aqui”. E não era a rainha do deserto não, era aquele cachorro da TV Colosso mesmo o Shipdog que apresentava o programa.
Bem, foi instantâneo o grupo adotou o Priscila. E assim foi ficando cada vez mais amigo. Ia com os caras em outras lojas, era zoado obviamente por todos, mas era amigo.
Mas esse negócio de apelido é tão forte e presente que o mesmo Priscila, quando foi com a gente até a Hangar 49 lá em Guarulhos, quando chegou pela primeira vez e alguém perguntou o nome dele, e ele me solta um “- Meu nome é Priscila.”
Bem, foi o suficiente para ser zoada por uns 6 meses.
Mas o ponto que eu quero chegar é o fato de que receber um apelido é coisa mais importante que pode acontecer a alguém em uma loja, e poderia ser considerado como um rito de passagem nas lojas.
Isso funciona pelo menos entre os jogadores, pois com relação aos donos das lojas, bem isso não vinga. Seja por que são os “responsáveis” pela zona ou por que precisam mostrar algum tipo de respeito os donos nunca têm apelido. A única exceção talvez seja o Alê da Comics Games de São Caetano, que vez por outra alguém resolve chamar de chorão e ele responde. Mas não dá para contar muito, pois quase só os amigos mais íntimos o chamam assim. Mas mesmo assim o mais comum é Ale mesmo. Agora, Nuno (Merlin), Paulo Rolim (Wirewood), Peter (Forbbiden) , Duda (Domain, que é mais nome que outra coisa), Paulo (Rolermasters), Ettore (tradewizards), Fabio Pinto e Flavio (Torre) esses sempre foram chamados pelos nomes mesmo.
E isso é curioso. Ao menos já da para saber que se você tem um apelido, suas chances de abrir uma loja e ela dar certo são pequenas. Por isso mesmo que nunca surgira uma “Toca do Fox”.
Como sempre em todas a coleções, os seus criadores tentam, da maneira que dá, alterar um pouquinho a regra do magic ou os termos que são usados. Eu, lógicamente, não seria em nada diferente. Uma das palavras mais legais que eu já ouvi no magic era o termo "Enterre". Bem, já que eu estava fazendo a MINHA coleção, por que não então surtar um pouco mais. Ai eu desenterrei a palavra Enterre. Eita trocadilho horrivel.
Enterrar segundo a minha visão:
(( Enterrar não é simplesmente destruir algo e sim é "destruir, não poder ser regenerado e ser colocado no fundo do cemitério de seu dono. Sendo definitivamente enterrada.))
Por que isso? bem, a resposta é simples e basica, pois a propria coleção com outra de suas habilidades pedia algo que fosse relevante a sua construção. Não entenderam? Então deem uma olhada no outro card de hoje.
É assim, teremos diversos cards com a mesma temática. Coisas que geram mana, coisas que dão pump. É mais facil de entender o conceito se a gente falar de "encantamento de topo de cemitério! ehhe!
Até a próxima 5ª pessoal e até lá aproveitem a vida o melhor que puderem, pois depois dessa, quem sabe quando virá outra!