quinta-feira, 20 de novembro de 2008

E o Magic é uma farsa!

Bem vindos novamente, desta vez usando um título bem chamativo para que vocês se interessem em ler.
Na realidade é ótimo estar escrevendo, pois assim desenferrujo algumas teclas que quase não uso.
Mais um quinta-feira e para minha infelicidade também é feriado. Infeliz estou pois como minha folga é na quinta-feira, dancei. Perdi o feriado. A parte boa é que fico mais tranquilo, acordei tarde para caramba e tive tempo suficiente para pensar bem em como escrever o tema de hoje.
Bem, durante a semana fiquei comprometido em ler e reler algumas revistas velhas da InQuest e da Scry que o Roger "Mahoney" deixou na loja. Aproveitando a oportunidade que ele deu de limpar sua casa e se livrar de uns "lixos" resolvi dar uma olhada nelas antes de distribuir entre os jogadores as "relíquias" de tempos imemoriais do Magic.
Acabei por descobrir, ou melhor dizendo, lembrando de várias coisas, inclusive muitas histórias pessoas que já estavam acumulando pó no cantinho do meu cérebro. Lendo revistas com 5, 6, 7 e até 12 anos a gente se lembra de situações (por mais incrivel que isso possa parecer) de jogos muito mais facilmente do que situações familiares por exemplo. Lembro de baralhos e não do aniversário de familiares.
Lendo as revistas, lembrei de baralhos que montei, jogos que participei, eventos grandes, lojas pequenas, etc, etc.
Matei uma grande parte da saudade da Merlim por exemplo, ao lembrar do lançamento de Legado de Urza e seus cards "chases", pois era assim que começamos a chamar os cards foil no começo da aparição dos mesmos ao lançamento de Legado. Lembrei até mesmo de um episódio em que o Terrenova, o que já trabalhou na Devir, apareceu na Merlim depois de voltar do DF e de ter participado de um evento de Pre-Release lá, onde de sua carteira ele tira um exemplar de um card raro que na época a gente não só meteu o pau como comparou a um dos piores cards já lançados. A versão mais velha está ai do lado.

Ele me tira uma Masticora do bolso! E todo mundo mete o pau na coitada, eu, Nuno (dono da loja), e mais uns cinco jogadore que ali estavam. E as principais reclamações foram "Eita, tem que descartar um card? sux!" e "Putz, nem da dano em jogador!"
Como a gente era bobo!
Mas voltando ao título de hoje. Lendo as páginas das Inquests a procura de imagens e artigos interessantes do Magic consegui verdadeiras pérolas. Uma matéria sobre uma possivel sexta cor no Magic (a Roxa), uma versão MECH do Magic, inclusive com referencias a "apetrechos". Bem esse apatrechos eram uma primeira versão do que a Wizards no futuro chamaria de Equipamentos. Havia imagens bem legais, reviews, previews, etc. Bem legal dar uma olhada assim de coisas que as vezes soam como bobagens de revista e no fim do caminho a gente percebe que eram na realidade visões do futuro.
Continuando a ler as matérias, e rir muito com os TOP 10 das coleções, e rachar o bico vendo o quão bobo não só nós, como eles também eram, me deparei com uma seção chamada "Old School Games", sobre jogos mais antigos, de vários estilos, entre eles outros CCGs, Tabuleiros, Eletrônicos etc. Basicamente a seção falava sobre antigos jogos que não eram mais produzidos (nem mesmo naquela época de 1999 e 2000).
Alguns interessantes, outros mais bestas, nada muito chamativo, comecei a cogitar a não mais ler a tal coluna, até que numa revista de 2001 deparei com algo incrível. E que mostrou de onde o magic havia surgido.
Parecia que nosso amigo Richard Ph.D Garfield nada mais era que um Ripoffer de primeira.

[ Ripoff ] - Expressão que mais se parece com "Copião" ou "Paga-pau". Muito utilizada quando alguém faz algo parecido com algo que já existe mas que normalmente não faz o mesmo sucesso por justamente ser uma cópia barata.

E por incrível que possa parecer conseguiu o inimaginável, melhorar um jogo que já era considerado bom.
Bem, a matéria fala sobre um jogo chamado Wiz-War, onde dois ou mais jogadores representados por Tokens de magos perambulavam por um tabuleiro mostrando um labirinto de tuneis feitos de pedra e que tinham como objetivo roubar dois tesouros de seus oponentes de leva-los até sua própria base, ao mesmo tempo que deveriam impedir que seus próprios tesouros fossem roubados também. O jogo falava sobre pontos de vida, cards que representavam as magias e até pontos de vida. E a parte mais chocante é que de tempos em tempos novas coleções de cards eram lançados e alguns cards receberam erratas!!! No caso da vida cada jogador começa com 15 pontos e se os mesmo pontos chegassem a 0 eles perdiam o jogo. O numero de card na mão inicial era 7 (que coisa hein!) e não se podiam ter mais que isso na mão.
As diferenças ficavam nos tipos de magicas involvidas; todos os jogadores compravam do mesmo bolo de cards, entre outras cozitas mas.



Então entendi. Normalmente tudo mundo diz que o Magic foi o primeiro blá,blá,blá. Eu mesmo sempre achei que o Sr. Garfield havia descoberto o Magic out of the blue, que era um gênio, patati patata. Ai lendo a tal materia vi que realmente, nada nesse mundo é original, tudo é inspirado em algo.


Viva o Google


Parti então ao google, o pai do burros modernos, e coloquei ali, Wiz-War. Bem, isso foi muito instrutivo, fui descobrir que o tal jogo tem a alcunha de "beer and Pretzel American Game". Algo que os americanos poderiam chamar em portugues simplesmente de "Classico". Uma coisa para passar o tempo de maneira saudavel e tranquila. A gente aqui no Brasil curte baralho, War e Banco Imobiliário. Lá, como eles tem infinitos jogos, resolveram dar um nome para os jogos mais "classicos".

O link está a seguir para o site oficial do jogo. http://www.wizwar.com/.



Simplesmente apareceram diversos sites, e até mesmo um oficial do jogo, mostrando que foram 7 edições de cards de mágicas e que o jogo passou por algumas reformas em suas regras. Para quem joga magic parece mesmo muito facil, mas não sei quanto a quem nunca pegou em um baralho.


Eu já vinha trabalhando numa versão de jogo de tabuleiro que misturava um pouco do Magic com o Xadrez, e descobrir o Wiz-War foi realmente o impulso que faltava. Fazer o que, quem não cria só copia. Não pé Sr. Garfield..hehehe.

Não quero desemerecer o Magic não, muito pelo contrário, já que ele conseguiu o que nenhum outro jamais fez, melhorar algo que já era legal e fazer muito mais sucesso. Vide Pokemon, Yu-Gi-Oh!, Mechwarrior, Jyhad, etc que tentaram seguir na cola do Magic e nada mais do que afundaram no esquecimentos. Tá bom, eles não foram esquecidos, mas não vejo campeonatos mundiais, comercio dos cards nem nada tão assombroso quanto o magic foi ou será, já que ele não está dando sinais de virá a fechar as portas tão rápido assim.
Lógico não tem a mesma força que alguns anos atrás, mas até ai ele vem competindo com grande oponentes inicialmente o Pokemon com seus desenhos animados e propaganda na Plim-Plim, depois Couter-Strike e a onda de LANs e agora jogos on-line, inclusive o prórpio MOL.
Eles não chegaram aos pés do Magic e com razão, mas que nínguem parece fazer questão de dar crédito ao Wiz-War pelo passo inicial, ah! isso não parece mesmo. Já lí inumeras entrevistas com o Sr. Richard Garfield, artigos, e nada faz referencia ao Wiz-Wazr. Custa muito? Talvez role um processo da parte da Wiz-War se alguém admitir, quem sabe, mas acho que fosse rolar algum processo esse já teria sido feito a tempos e resolvido também a tempos.


Bem, fico por aqui por enquanto!


Falou e a até a próxima quinta!


PS: Fui ver o 007 - Quantum of Solace, na minha opinião... ruinzinho, acho que como filme deAção é 10 mas como filme de James Bond... nada a ver. Gosto do ator e da mudança de sistema do Bond a la anos 70 mas precisava mudar tanto assim?

André Dembitzky

2 comentários:

Unknown disse...

Que eu saiba, o primeiro Collectible Card Game de todos os tempos foi o Galactic Empires, e o Richard Garfield assumiu que se baseou nele para criar o Magic.

Outra curiosidade que li é que o Magic foi apresentado "por acidente". O rapaz belga queria que a Wizards distribuísse um jogo altamente complexo de miniaturas que foi recusado na hora. Frustrado, ele tirou um projeto da "cartola", o tal "Five Colors of Magic", que mais tarde virou o joguinho obsessivo que hoje conhecemos.

Belo post!

Anônimo disse...

O jogo ia se chamar "Mana Clash" e não "five colors". Mas basta você olhar o Wiz-War para descobrir de onde a cartola do garoto puxou o Magic...

Aham... pareceme que o o primeiro mesmo foi o tal gallatic empires, mas na realidade a Patente para CCG (de collectable) é do Garfield.
Se você embaralhar de um pool aleatorio, comprar na sequência do turno e virar o card para indicar uma ação... vc tem que pagar algum $$ para ele.

Fox