quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Colecionar é preciso




Olá, bem vindo a uma nova quinta feira. Hoje eu queria além de continuar com a dissertação sobre coleções, comentar sobre um outro ponto do Magic que foi nos últimos anos esquecido pela Wizards/Hasbro.

Colecionar ou não?

Bem, cada pessoa sabe o que lhe agrada. Alguns, como eu disse antes, adoram o fator coleção no Magic. Vamos primeiro a definição da palavra coleção segundo o dicionário:

(co.le.ção)
1. Conjunto de objetos, ger. conservados em grupo, que têm alguma relação entre si: coleção de documentos
2. Um desses conjuntos, organizado, reunido pelo valor artístico, cultural, histórico etc. de seus componentes, ou por sua raridade, singularidade etc., ou pelo interesse do colecionador (coleção de selos, coleção de quadros)
3. Quantidade, ajuntamento, agrupamento.
4. Compilação, ajuntamento seletivo de coisas segundo algum critério: coleção de sonetos. (quase)
5. Conjunto, limitado ou não, de obras de um mesmo ou vários autores, de um ou diversos assuntos, publicado pela mesma editora; ANTOLOGIA; COLETÂNEA: coleção de Guimarães Rosa: coleção de contos policiais.
(mais culto isso!)
6. Conjunto dos modelos criados por costureiro ou estilista para uma certa temporada.
(ui!)
7. Med. Ajuntamento, acúmulo (de sangue, fluidos, pus etc.) em cavidade do organismo
(eca!)

Deu para ver que é abrangente a definição. Mas no primeiro item temos exatamente a definição que eu desejo expor. “que tem alguma relação entre si”. Temos então no Magic coleções sobre tipos de cards (Criaturas, lendas, terrenos), tipo de tipo de cards (Dragão, goblin) cores, artistas, expansões, pessoais (assinadas por amigos, emotivas), etc.

O fator que determina o que a pessoa decide colecionar é único e varia muito. Mas a maioria deles é tão pessoal que impossibilita uma classificação.
Como temos diversos jogos no mercado, principalmente ligados ao tema Fantasia Medieval é muito comum temos nesses jogos criaturas ou seres tais como os Dragões, Zumbis, Elfos e Goblins que são com certeza os mais procurados pelos jogadores.
E talvez seja por isso uma das razões dos cards relacionados a esses seres serem tão caros. Junte a isso alguns fatores externos tais como bons artistas (Avon, Guay, Nielsen, Post, Alexander e Walker) e a própria raridade dos cards e temos uma verdadeira bomba de alta procura.
Como disse antes os jogadores tendem a procurar algo que os agrade. No meu caso tenho maior apreço por terrenos e um dos melhores desenho, que mais me levou a acreditar que aquele lugar existia foi Jerry Tiritilli, com o Porto de Rishada.
O visual simples e “cartoon” da imagem me faz acreditar que aquele porto é infestado de Piratas, Marinheiros e Guardas do porto. Que aquele terreno realmente existe e está gravado na historia do Magic para sempre.
Logicamente o Porto de Rishada foi um dos cards mais caros de sua época. Agora imaginemos que o mesmo porto tivesse sido desenhado por um outro artista, um outro um pouco mais conhecido. Como por exemplo Rob Alexander ou John Avon.
Temos ai então outro fator de raridade, a jogabilidade. E tudo isso atribui valor ao item da coleção.
Para minha sorte Tiritilli é um artista “menor” no mundo do Magic, com pouquíssimas artes, apenas 37, e com poucas de grande atuação em campeonatos, além do Porto, Lacaio Goblin, Cadetes Goblins, Elfos de Llanowar de sétima edição, Ataque Surpresa e dois terrenos incomuns de invasão.
Ok, que alguns dos cards são bem caros, mas não necessariamente por serem do artista, e sim por serem bons de jogo, como o lacaio.

A comparação é simples para o caso de valorização dos cards, e até mesmo como arma de marketing, tomemos artistar como exemplo, John Avon tem 152 cards feitos com suas artes, Rob Alexander tem 129 cards, Rebecca Guay tem 145 cards. Pode ser que seja apenas coincidência, mas é também uma maneira de valorizar para todos os colecionadores os card colocando artistas mais procurados em suas imagens.

Vale a pena colecionar?


Sim e não. Sim, pois como eu muita gente acha legal ficar vendo e revendo as imagens dos cards, então é uma paixão, algo que é incontrolável. Mas também não, pois às vezes gastasse muito dinheiro, de um momento para o outro em algo que não tem intrinsecamente valor algum. Você encontra o sujeito que tem o ultimo card da sua coleção. Se o sujeito disser que não tem interesse em vender o card você provavelmente vai dar tudo o que tem na carteira para ter o tal item. Seu ego vai estar cheio, mas sua carteira não!
Como temos mais jogadores masculinos então vou colocar assim, normalmente as esposas não conseguem entender o valor que esses pedacinhos de papel tem para nós.

Não há um numero exato, mas nos países mais ricos (ou hoje em dia ficando mais pobres) o fator coleção acaba sendo realizado por uam gama de pessoas apenas como forma de valorização do item para posterior venda do mesmo. Quadrinhos, cards de chiclete de beisbol e basquete, selos, etc, acabam valendo alguns milhões depois de alguns anos. Os próprios cards de Magic já alcançaram valor estratosféricos em alguns casos. Black Lótus a US$ 3000. Isso meio que me deixa alegre e triste ao mesmo tempo, pois em nossa cultura brasileira, quanto mais caro algo fica mais interessante esse item se torna para as pessoas. Mesmo aquelas que nunca souberam valorizar o Magic, por exemplo, como um passatempo divertido acabam falando:

- Nossa, esse é um daqueles cardzinhos (assim mesmo... com inho no final) que custam muito dinheiro?

E fico feliz pois pelo menos o Magic acaba sendo conhecido no final das contas.

Invitational

Você conhece esses sujeitos?

Olle Rade, Darwin Kastle, Chris Pikula, Terry Soh?

E esses cards, Protetor Silvestre, Ginetes de Avalanche, Mago Interferidor e Mago da Verruma Rakdos?

Bem eles estão conectados, os jogadores e os cards são um só. Cada um deles venceu uma etapa do Magic Invitational e pode ajudar a criar um card para uma coleção de Magic. Abaixo segue uma lista com os cards.




1996: Olle Råde, Preservador Silvestre (Julgamento)
1997: Darwin Kastle, Ginetes da Avalanche (Legado de Urza)
1998: Mike Long, Ladrão de Rootwater (Nemeses)
1999: Chris Pikula, Mago Interferidor (Conjunção)
2000: Jon Finkel, Mago das Sombras Infiltrador (Odisseia)
2001: Kai Budde, Prodígio dos Magos do Vácuo (Investida)
2002: Jens Thorén, Simulacro Solene (Mirrodin)
2004: Bob Maher, Confidente Sombrio(Ravnica: Cidade das Guildas)
2005: Terry Soh, Mago da Verruma Rakdos (Inssureição)
2006: Antoine Ruel, Patrulheiro de Eos (Fragmentos de Alara)
2007: Tiago Chan, card ainda não lançado? Será que algum dia será?



O Invitational em si




O Magic Invitational era um torneio não sancionado feito com os 16 melhores jogadores do anor. O vencedor do Mundial, o melhor jogador Profissional do ano, e diversos jogadores votados por fãs estavam entre os concorrentes na disputa pelo posto de melhor do mundo. O prêmio desse torneio não era dinheiro, era sim a oportunidade de desenvolver um novo card que seria lançado numa futura do Magic e que tradicionalmente a imagem do jogador aparecia no card.
Para quem vai colecionar essa sim é uma coleção de peso. Pelo menos para mim é o Invitational era o ápice que um jogador podia chegar. Que pena que eles pararam com o evento. Esse com certeza era um dos eventos mais observados no mundo do Magic e um dos mais legais, pois os jogadores podiam criar seus próprios cards, com seus próprios rostos estampados nos cards. Algumas vezes eles surtavam, mas na grande maioria das vezes as idéias eram bem boas.
Muitas vezes na loja da Merlin a gente ficava sonhando com o invitational e comentando que cards nos faríamos. Tive muitas conversas com o Jabá sobre isso. E não é que eventualmente ele participou de alguns? Acho que foram três eventos. E em um ele quase chegou lá!

Ele me contou que o card seria:

> UG – 2/2 Voar, quando esse card entrar em jogo compre um card.

Hoje esse card até seria bobo, comparado com Confidentes e Interferidores, mas mesmo assim teria o cabeção do jabá lá estampado, e isso sim seria muuuuito legal. Mais tarde o psicatogue acabou virando o card do jabá por varias razões, pelo mundial, pelo cabeção do bicho sorrindo ou pelo simples fato de que o invitational trazia o que era de melhor em todos os jogadores, torcer, pelo simples fato de torcer, por alguém.

Só para fechar a questão, uma coleção de cards do invitational foil ficaria muito cara, já que o uso dos cards foi quase 100% em todas as suas edições. Eles eventualmente acabaram jogando em decks consistentes e de bons resultados nos eventos.

André “Fox” Dembitzky

3 comentários:

Anônimo disse...

legal, vo colecio os cards do invitational!
o fox, me flaram que o john finkel crio um card de eventide, aquele que é B/U B/U, e que nao pode bloquear e nao e bloqueado!

isso e verdade???

flw

Anônimo disse...

na ond conseguido as listas dos desenhos dessses desenhistas mais famosos? vlw.mto massa o artigo e tbm curto coleções

André Dembitzky disse...

Na próxima quinta vou colocar o link dos artista!

Fox