Bem, para quem não está muito informado veja o link para saber do que eu estou falando. (AQUI)
Bem, então agora que você já leu a noticia no blog da loja ... não leu?Beleza champs, então vai ler (AQUI)... estou esperando... pense assim faz parte do post do mastigando.
Estou esperando...
Ok, já leu?
Ótimo, posso continuar então.
Bem, vou recapitular um pouco a história das coleções básicas. Primeiramente por que muita gente não faz idéia do que elas realmente significaram para os jogadores daquelas épocas, e segundamente por que é sempre bom conhecer um pouco da história do mundo e do pais que vivemos, observados através das lentes do Magic.
Mas como são diversas coleção vou postar em duas partes. Sim eu sei que é meio chato, mas queria mesmo recapitular (eita trocadilho) todas as edição básicas. Então me agüentem. (esse trema não deveria existir mais, mas o editor do Word não deixa eu retira-lo!!!!)
Alpha – Lançada em 1993, o ano em que tivemos Bill Clinton empossado como 44 presidente americano pela primeira vez, Michael Jackson acusado (novamente) de pedofilia, a estréia da serie de comédia Frasier, termino da saga em quadrinhos de “A morte do Super Homem” e o filme “Os Imperdoáveis” ganhando o Oscar de melhor filme. Itamar Franco era nosso presidente, o dinheiro passou a se chamar Cruzeiro Real, tivemos a chacina da Candelaria.
Sendo a primeira coleção de Magic, o “feeling” é ainda daquela magia que envolve o universo fantástico. Os desenhos são bem toscos para quem é de fora mas para nós eles são normalmente considerados cults. Como é a primeira coleção, é normal que tentemos sempre dizer que ali esta a essência do Magic. E na realidade é assim mesmo que funciona. Não que o jogo devesse ter se mantido dentro daquela formula padrão exata, desde tempos imemoriais. Mas a sensação de que o Magic era uma representação gráfica de um aglomerado de formas de vida e culturas de diversos planos meio que foi se perdendo durante esses 15 anos.
As coleções básicas foram se tornando um aglomerado de cards tão específicos, tão calculados para interagir uns com os outros, que aquele fator de surpresa se perdeu.
Ah, vão relançar Colera... então os winnies vão sofrer. Ah, relançaram traumatizar, então da para remontar o baralho x. Você consegue ver a diferença?
Em alpha, as expectativas eram outras não só por que o jogo era outro, mas por que a coleção básica era uma “coleção”, um apanhado. E hoje as coleções básicas se transformaram em refulgo.
Não vou comentar sobre Beta, Unlimited ou Revised pois elas pouco mudaram. O que ocorreu entre ABU e Revised foi a retirada dos cards powers. Isso se deu pelo fato de que os cards retirados eram tão sem noção, tão aburdamente fortes que eles ainda são os poucos cards que não receberam variação melhoradas, nem foram reeditados. Ancestral Recall, Time Walk e Twister e as mox tem versões que são infinitamente mais fracas, ao contrario por exemplo das dual lands que quase foram reeditadas, com a unica condição de seu controlador tomar dois pontos de dano quando elas entrassem em pé.
Por isso esse salto merece um capitulo a parte para sua explicação. E que eventualmente vou fazer.
Quarta Edição1995 – bem, em quarta o mundo já havia dado muitas voltas, para ser exato 730. E em todos esses dias culminamos em um mundo onde o Terremoto em Kobe mata 6.000 japoneses, Fernando Henrique Cardoso vira nosso presidente, o Hospital em Oklahoma é atacado por malucos americanos e os japoneses sentem os efeitos do gás sarin no metro de Tókio. A epidemia do Ebola se espalha no mundo, é lançado o Windows 95 (eita!!!), o Playstation é lançado (simplesmente o melhor videogame do mundo) e o Pastor Sergio Von Helde chuta a imagem de nossa senhor ao vivo na TV.
Bem, aqui fica uma situação maluca no Magic. Diversos cards powereds são removidos da coleção, enquanto que outros ridiculamente fortes são mantidos, como por exemplo Mind Twist, Canal, Raio e Espadas em Arados. Nesse ano começam a enxergar o Magic como algo mais profissional levando a criação do primeiro mundial de Magic (mais ou menos) pois era o primeiro pro-tour. E com isso a profissionalização do jogo. Quando dinheiro entra na jogada, todo a estrutura do jogo acaba tendo que ser revista para se adequar ao “mercado”.
Quinta Edição – 1997 – Aqui nesse ano tivemos o Bill Clinton no segundo mandato, Guilherme de Pádua é condenado pelo assassinato da atriz Daniela Perez, Simpons bate o recorde de Flintstones como o desenho que mais tempo passou no horário nobre, clonam a ovelha Dolly, é publicado o primeiro livro da série Harry Potter e princesa Daiana morre num acidente de carro fugindo dos paparazzi.
Com a quinta edição eles tentam acertar na mão. Eles já estavam planejando nessa época a sexta e a sétima edição, e por isso já sabia das alterações de regras que viriam com a sexta edição. Mas foi com a quinta que eles resolveram padronizar o Magic. Delimitar a “color pie”, uma espécie de controlador que manteria certas habilidades em determinadas cores, por exemplo atropelar existir no vermelho, preto e verde mas evita-la no azul e no branco.
Nessa época surgiu a historia da briga da Wizards com os artistas sobre o direito autoral das imagens que ilustravam os cards. E uma das razões da mudança das imagens seria além de uma revitalização, uma troca de artistas.
A troca foi boa, varias artes ficaram muito mais próximos da fantasia ideal do que os antigos.
Mas em questão de regra a mudança foi quase zero. Em compensação o numero de cards na coleção foi GIGANTE, quase 450 cards. Se comparados com M10 a diferença é quase de uma coleção inteira nova.
No Brasil o Magic apenas engatinhava e Miragem bombava e era o “must” visões e Tempestade, pois iniciava-se a era Mono Red.
Na próxima semana sexta, sétima, oitanona (pois são quase a mesma coisa) e décima. Além de uma comparativo entre décima e M10.
Para aqueles que gostam de reports, vou colocar também um sobre o pré lançamento na loja, espero que aproveitem!!!
Fox